domingo, 11 de agosto de 2013

Schistosomose haematobium e carcinoma da bexiga!

Carcinoma vesical de celulas escamosas e ovos de Shistosoma(Lamina objecto de estudo)  poster de apresentação  no programa de Doutoramento.(LINK)
Schistosomiasis haematobium and bladder cancer:   
Retrospective analysis of 145 patients admitted to the Urology Department at the Américo Boavida Hospital, Luanda. 


Introdução:  Estudar as características epidemiológicas, clínicas e patológicas dos doentes com o diagnóstico de neoplasia maligna da bexiga internados no Serviço de Urologia do Hospital Américo Boavida em Luanda (HAB) e a eventual coexistência com a infecção por  schistosoma haematobium.


Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de 145 doentes com o diagnóstico de neoplasia maligna
da bexiga admitidos e tratados de Janeiro de 2006 a Dezembro de 2009.


Resultados: Na série estudada 102 doentes eram do sexo feminino e 43 do sexo masculino. A idade
mediana foi de 47 anos (mínimo 15 anos e máximo 75 anos). A hematúria associada à cistalgia, disúria e anemia foram os sinais e sintomas mais referidos. 48% dos doentes tinham tido contacto com água potencialmente contaminada com schistosoma haematobium, tendo sido  comprovada a existência de  schistosoma haematobium em 48,9% dos doentes. Foi realizada biopsia em 107 doentes, 12 dos quais apresentavam papilomas uroteliais e 95 de carcinomas da bexiga.
O carcinoma espinocelular da bexiga ocorreu em 58,8% dos casos. Na sua maioria, os doentes
tinham neoplasias localmente avançadas, disseminada ou não tinham condições clínicas para
suportarem tratamento cirúrgico radical.


Conclusões: O schistosoma haematobium coexiste na maioria dos casos de cancro da bexiga admi-
tidos no HAB em Luanda - Angola. A associação observada e o estádio avançado da doença onco-
lógica no momento do diagnóstico implica acções para o controlo desta endemia e de diagnóstico
precoce do cancro da bexiga.

Palavras chaves: Cancro, bexiga,  Schistosoma Haematobium, Angola-Luanda.

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